quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Quanto mais...

Abençoai sempre as vossas dificuldades e não as lastimeis, considerando que Deus nos concede sempre o melhor e o melhor tendes obtido constantemente com a possibilidade de serdes mais úteis.


Quanto mais auxiliardes aos outros, mais amplo auxílio recebereis da Vida Mais Alta.


Quanto mais tolerardes os contratempos do mundo, mais amparados sereis nas emergências da vida, em que permaneceis buscando paz e progresso, elevação e luz.


Quanto mais liberdade concederdes aos vossos entes amados, permitindo que eles vivam a existência que escolheram, mais livres estareis para obedecer a Jesus, construindo a vossa própria felicidade.


Quanto mais compreenderdes os que vos partilham os caminhos humanos, mais respeitados vos encontrareis, de vez que, quanto mais doardes do que sois em benefício alheio, mais ampla cobertura de amparo do Senhor assegurará a tranquilidade em vossos passos.

Continuemos buscando Jesus em todos os irmãos da Terra, mas especialmente naqueles que sofrem problemas e dificuldades maiores que os nossos obstáculos, socorrendo e servindo e sempre mais felizes nos encontraremos sob as bênçãos dele, nosso Mestre e Senhor.


Bezerra de Menezes / Francisco Cândido Xavier. In: Caridade

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Serviço de Caridade


Calemo-nos diante da ofensa.

Auxiliemos aos companheiros de experiência, quanto se nos faça possível.

Abstenhamo-nos de maldizer, onde não possamos auxiliar.

Evitemos ressentimento ou azedume, quando o mal nos alveje.

Busquemos a conciliação fraterna, amparando, ainda mesmo de longe, aqueles que nos firam.

Desculpemos quantas vezes se fizerem necessárias, cada dia, exercitando-nos na prática do verdadeiro perdão.

Olvidemos os caprichos do “eu” que tantas vezes nos escravizam a escuras ilusões.

Aprendamos com a vida, para sermos mais úteis.

Multipliquemos as bênçãos do serviço, no campo das horas, conscientes de que o tempo é um empréstimo inestimável da Providência Divina.

Assim procedendo, estejamos certos de que cultivaremos a caridade para com o próximo e para conosco, de vez que, corrigindo em nós aquilo que nos aborrece nos outros, seguiremos, dia a dia, nos passos de Jesus, em nosso esforço de ascensão.

Emmanuel
In: ‘Recados da vida’ - Francisco Cândido Xavier

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Apego




Um dia um homem já de certa idade abordou um ônibus. Enquanto subia, um de seus sapatos escorregou para o lado de fora... A porta se fechou e o ônibus saiu; então ficou incapaz de recuperá-lo. O homem tranquilamente retirou seu outro sapato e jogou-o pela janela.

Um rapaz no ônibus, vendo o que aconteceu e não podendo ajudar ao homem, perguntou: "Notei o que o senhor fez. Por que jogou fora seu outro sapato?"

O homem prontamente respondeu: "De forma que quem o encontrar seja capaz de usá-los. Provavelmente apenas alguém necessitado dará importância a um sapato usado encontrado na rua. E de nada lhe adiantará apenas um pé de sapato..."

O homem mostrou ao jovem que não vale a pena agarrar-se a algo simplesmente por possuí-lo e nem porque você não deseja que outro o tenha.

Perdemos coisas o tempo todo. A perda pode nos parecer penosa e injusta inicialmente, mas a perda só acontece de modo que mudanças, na maioria das vezes positivas, possam ocorrer em nossa vida.

Como o homem da história, nós temos que aprender a desprender. Alguma força decidiu que era hora daquele homem perder seu sapato. Talvez isto tenha acontecido para iniciar uma série de outros acontecimentos bem melhores para o homem do que aquele par de sapatos. Talvez a procura por outro par de sapatos tenha levado o homem a um grande benfeitor. Talvez uma nova e forte amizade com o rapaz no ônibus. Talvez aquele rapaz precisasse presenciar aquele acontecimento para adotar uma ação semelhante. Talvez a pessoa que encontrou os sapatos tenha, a partir daí, a única forma de proteger os pés.

Seja qual for a razão, não podemos evitar de perder coisas. O homem sabia disto. Um de seus sapatos tinha saído de seu alcance. O sapato restante não mais lhe ajudaria, mas seria um ótimo presente para uma pessoa desabrigada, precisando desesperadamente de proteção do chão.

Acumular posses não nos faz melhores e nem faz o mundo melhor. Todos temos que decidir constantemente se algumas coisas devem manter seu curso em nossa vida ou se estariam melhor com os outros.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Paciência


Virtude que escasseia, a paciência é de relevante importância para os cometimentos expressivos a que te propões.

Sem ela, a irritação comanda os feixes nervosos, e de desequilíbrios imprevisíveis irrompem na máquina física, comprometendo toda e qualquer realização.

Não se considerando os casos de desarmonia procedente de matrizes patológicas, todo homem pode e deve cultivar a paciência.

E mesmo quando acoimado por enfermidades que o afetam no equilíbrio emocional, através de contínuos esforços consegue resignação ante a dor, que é uma das mais expressivas manifestações da paciência.

Mediante exercícios regulares de reflexão e contenção dos impulsos da personalidade inferior, plasmarás condicionamentos íntimos, que imprimem calma e equilíbrio, culminando em harmonia interior, geradora da paciência.

Indubitavelmente, realização tal não se lobriga num só passo, sob impulso momentâneo.

Surge o embrião, molécula a molécula.

Constrói-se a máquina, peça a peça.

Realiza-se a obra, tarefa a tarefa.

Da mesma forma, nos empreendimentos morais, só através da perseverança, num programa feliz de segura urdidura, realizarás os misteres a que te propões.

A paciência, assim conseguida, conferirá salutares recursos para o enobrecimento espiritual daquele que a cultiva.

Conseqüência do cansaço, do marasmo, da rotina, a irritabilidade significa sinal vermelho na tarefa que executas.

Indispensável vigiar-lhe o surgimento.

Sutil, explode, de quando em quando, repetindo-se o clima de irascibilidade, que toma as paisagens da ação, estabelecendo nefanda presença, contumaz e enfermiça.

A paciência, a contrário, resiste às más circunstâncias e às tediosas ocorrências.

É confiante, gentil, otimista, sem que deixe de ser responsável, séria, recatada.

Suporta vicissitudes com galhardia e não esmorece quando os resultados demoram a expressar-se.

Espera com coragem e não desfalece.

Dessa forma, policia as reações íntimas e observa como te encontras.

Caso te sintas portador da constante mau-humor, estás necessitando do auxílio da paciência, a fim de refundires o ânimo, renovares conceitos e atividades, orando, com a sede de quem, urgentemente, precisa da água da paz.

Não te deixes amargar pela revolta interior ou esmagar pela irritabilidade.

Recorre à paciência, sempre e em qualquer situação, e ela te ajudará a servir, amar e aguardar amanhã o que hoje se te afigure improvável ou irreversível...

A paciência é, também, irmã da fé, porquanto, todo aquele que crê, espera e confia tranqüilamente.

Joanna de Ângelis
                      In: ‘Celeiro de Bênçãos’ - Divaldo P. Franco

domingo, 2 de outubro de 2011

Os animais, nossos irmãos


Quando nascem, despertam a atenção e o carinho dos humanos. São engraçadinhos, frágeis, tão pequenos.
Cãezinhos de raças diversas são requisitados pelas crianças que desejam fazer deles seu brinquedo.
E assim, eles são levados para casa. Por vezes, adquiridos a alto preço, pelo pedigree, pela pureza da raça.
Enquanto pequenos, tudo é levado à conta de peraltices próprias de quem está descobrindo o mundo ao seu redor.
A criança o leva para todo lugar, e o cãozinho a segue, sempre fiel.
Não é raro que durmam juntos e, à mesa, o animalzinho fica ao lado, aguardando os bocados que o pequerrucho lhe passa à boca.
Brincam juntos no jardim, no interior da casa, nas piscinas.
A criança nem sempre é suficientemente cuidadosa e por vezes, pisa na cauda do cão, puxa-lhe as orelhas, aperta-o em demasia.
O animal solta um latido meio sufocado, dizendo da dor que sentiu, mas continua fiel, nem pensando em revidar a agressão, mesmo involuntária.
Pulam, saltam, correm um atrás do outro, enquanto as horas vão somando os dias...
Cresce o animal. Agora, já não é tão engraçadinho assim.
Ele solta pêlo por todo lugar e, porque ninguém lhe ensinou o que ele podia e o que não podia fazer, é castigado porque arranhou o sofá da sala.
Porque mordeu o chinelo recém comprado.
Porque rasgou a bola, com os dentes.
E, até mesmo, porque as suas necessidades fisiológicas foram feitas em lugares inapropriados.

A criança também cresce. Os interesses mudam. E, um dia, o animal que vivia em uma família, rodeado por todos, dentro de casa, gozando da confiança doméstica, se vê colocado no quintal.
Mas, como faz buracos, traz terra para o piso da garagem, ele é preso a uma coleira e uma corda.
Ao menos fosse em lugar confortável. Contudo, por vezes, fica exposto ao sol, à chuva, ao vento. Preso.
Suas pernas desejam correr, pular. Sua cauda abana a cada barulho significativo, seu bem conhecido, que os ouvidos registram: o carro chegando; a algazarra das crianças vindo da escola; o barulho da bola quicando no muro, no chão, na mão, no muro...
Quando as luzes se acendem na casa, ele olha e fica aguardando que alguém se lembre dele, outra vez.
Finalmente, chega um dia em que ele é colocado no carro da família. Vai alegre.
A viagem é longa, por estradas que não acabam nunca. Então, o veículo estaciona.
Ele corre para fora, esperando que alguém o chame, que corra atrás dele.
Mas, logo percebe que o carro fecha as portas de novo e arranca, perdendo-se na poeira da estrada.
Ele corre, tenta alcançar. Por que eles não param? Por que o esqueceram?
Indesejável, foi abandonado.
A partir daí, sua vida será um peregrinar pelas estradas, pelas ruas, à cata de comida, água, um lugar para morar.
Cachorro sem dono.
Não chegue perto. Ele pode morder.
Não toque nele. Deve estar doente. Veja como está magro.
Cachorro de ninguém.
Seus dias acabarão logo mais, sob as rodas de um automóvel, ou por enfermidade ou tristeza...
* * *
Pensemos, olhando nossos animais de estimação, como os estamos tratando.
São seres vivos: têm fome, sede. Sentem cansaço, calor, frio. Sobretudo precisam de afeto, de atenção.
Os animais estão sob a guarda e proteção dos homens.
Assim dispôs a Lei Divina: que servissem ao homem e o homem, de sua vez, os protegesse e amparasse.
Não percamos de vista este dever para com nossos irmãos inferiores, os animais.


quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Depressões


Se trazes o Espírito agoniado por sensações de pessimismo e tristeza, concede ligeira pausa a ti mesmo, no capítulo das próprias aflições, a fim de raciocinar. Se alguém te ofendeu, desculpa. Se feriste alguém, reconsidera a própria atitude. Contratempos do mundo estarão constantemente no mundo, onde estiveres. Parentes difíceis repontam de todo núcleo familiar.
Trabalho é Lei do Universo. Disciplina é alicerce da educação.
Circunstâncias constrangedoras, assemelham-se a nuvens que aparecem no firmamento de qualquer clima.
Incompreensões com relação a caminhos e decisões que se adote são empeços e desafios, na experiência de quantos desejem equilíbrio e trabalho.
Agradar a todos, ao mesmo tempo, é realização impossível.
Separações e renovações representam imperativos inevitáveis do progresso espiritual.
Mudanças equivalem a tratamento da alma, para os ajustes e reajustes necessários à vida.
Conflitos íntimos atingem toda criatura que aspire a elevar-se.
Fracassos de hoje são lições para os acertos de amanhã.
Problemas enxameiam a existência de todos aqueles que não se acomodam com estagnação.
Compreendendo a realidade de toda pessoa que anseie por felicidade e paz, aperfeiçoamento e renovação, toda vez que sugestões de desânimo nos visitem a alma, retifiquemos em nós o que deva ser corrigido e abraçando o trabalho que a vida nos deu a realizar, prossigamos à frente.

(Do livro "Coragem", por Emmanuel, psicografia por Francisco Cândido Xavier)

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Não Acrediteis em Todos os Espíritos


Caríssimos, não acrediteis em todos os Espíritos, mas provai se os Espíritos são de Deus, porque são muitos os falsos profetas, que se levantaram no mundo.” (João, Epístola I, cap. IV: 1)

Os fenômenos espíritas, longe de confirmarem os falsos cristos e os falsos profetas, como algumas pessoas gostam de dizer, vêm, pelo contrário, dar-lhes o último golpe. Não soliciteis milagres nem prodígios ao Espiritismo, porque ele declara formalmente que não os produz. Da mesma maneira que a Física, a Química, a Astronomia, a Geologia, revelaram as leis do mundo material, ele vem revelar outras leis desconhecidas, que regem as relações do mundo corpóreo com o mundo espiritual. Essas leis, tanto quanto as científicas, pertencem também à natureza. Dando, assim, a explicação de uma ordem de fenômenos até agora incompreendidos, o Espiritismo destrói o que ainda restava do domínio do maravilhoso.

Como se vê, os que fossem tentados a explorar esses fenômenos em proveito próprio, fazendo-se passar por enviado de Deus, não poderiam abusar por muito tempo da credulidade alheia, e bem logo seriam desmascarados. Aliás, como já ficou dito, esses fenômenos nada provam por si mesmos: a missão se prova por efeitos morais, que nem todos podem produzir. Esse é um dos resultados do desenvolvimento da ciência espírita, que pesquisando a causa de certos fenômenos, levanta o véu de muitos mistérios. Os que preferem a obscuridade à luz, são os únicos interessados em combatê-la. Mas a verdade é como o Sol: dissipa os mais densos nevoeiros.

O Espiritismo vem revelar outra categoria de falsos cristos e de falsos profetas, bem mais perigosa, e que não se encontra entre os homens, mas entre os desencarnados. É a dos Espíritos enganadores, hipócritas, orgulhosos e pseudo-sábios, que passaram da Terra para a erraticidade e se disfarçam com nomes veneráveis, para procurar, através da máscara que usam, tornar aceitáveis as suas ideias, frequentemente as mais bizarras e absurdas. Antes que as relações mediúnicas fossem conhecidas, eles exerciam a sua ação de maneira mais ostensiva, pela inspiração, pela mediunidade inconsciente, auditiva ou de incorporação. O número dos que, em diversas épocas, mas sobretudo nos últimos tempos, se apresentaram como alguns dos antigos profetas, como o Cristo, como Maria, e até mesmo como Deus, é considerável.

São João nos põe em guarda contra eles, quando adverte: “Meus bem amados, não acrediteis em todos os Espíritos, mas provai se os Espíritos são de Deus; porque muitos falsos profetas se têm levantado no mundo”. O Espiritismo nos oferece os meios de experimentá-los, ao indicar as características pelas quais se reconhecem os bons Espíritos, características sempre morais e jamais materiais. (Ver o Livro dos Médiuns, Caps. 24 e segs.). É sobretudo ao discernimento dos bons e dos maus Espíritos, que podemos aplicar as palavras de Jesus: “Reconhece-se a árvore pelos seus frutos; uma boa árvore não pode dar maus frutos, e uma árvore má, não pode dar bons frutos”. Julgam-se os Espíritos pela qualidade de suas obras, como a árvore pela qualidade de seus frutos.

Do 'Evangelho Segundo o Espiritismo' – Allan Kardec (Capítulo 21)

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Vontade e Motivação

O Espiritismo traz a informação sobre a transformação do planeta, que deverá elevar-se da categoria de “provas e expiações” para a de “planeta de regeneração”.

Um planeta de provas e expiações não precisa ser descrito: basta viver no planeta azul e observar o que se passa à nossa volta.

Imaginar um planeta de regeneração, em geral é uma tarefa árdua. Em nossos estudos e conversas doutrinárias, observamos que é difícil imaginar a sociedade sem as chagas e injustiças que desestabilizam as relações sociais hoje.

Ao ouvir – e compreender ou concordar – sobre a transformação do planeta, duas reações são possíveis: sentimo-nos estimulados a progredir, a fim de fazer parte desse novo mundo feliz, ou então nos amedrontamos, com medo da punição de um mundo inferior. As duas reações podem nos levar ao progresso, mas a motivação é bem diferente.

Por isso, é importante observar qual tem sido nossa motivação ao longo de nossa trajetória evolutiva. Temos sido estimulados pela conquista da felicidade ou temos sido ameaçados pelas consequências infelizes de nossa escolha?

A motivação tem relação direta com nossas crenças, sejam elas reais ou não. No dia-a-dia, não perder a hora ou fazer um bom trabalho são objetivos que alcançamos com maior ou menor esforço, de acordo com os hábitos que já desenvolvemos.

Para a evolução espiritual, entretanto, que nossa mente tem dificuldade em apreender em sua totalidade, é preciso apoiar-se na crença que, quando raciocinada, produz a força interior para vencer os obstáculos.

A Doutrina Espírita oferece a base filosófica e propõe o cenário possível nos mundos felizes. Nossa certeza de que a evolução espiritual é inevitável, e de que nossa trajetória evolutiva depende da nossa vontade é indispensável neste momento. Essa é a contribuição do Espiritismo ao nosso progresso.


"(...) e a própria Terra sofrerá idêntica transformação. Tornar-se-á um paraíso, quando os homens se houverem tornado bons." (O Livro dos Espíritos – Resposta 185.)



Para Renovar-nos

Não espere viver sem problemas, de vez que problemas são ingredientes de evolução, necessários ao caminho de todos.

Ante os próprios erros, não descambe para o desculpismo e sim enfrente as consequências deles, a fim de retificar-se, como quem aproveite pedras para construção mais sólida.

Não perca tempo e serenidade, perante as prováveis decepções da estrada, porquanto aqueles que supõem decepcionar-lo estão decepcionando a si mesmos.

Reflita sempre antes de agir, a fim de que seus atos sejam conscientizados. Não exija perfeição nos outros e nem mesmo em você, mas procure melhorar-se quanto possível.

Simplifique seus hábitos. Experimente humildade e silêncio, toda vez que a violência ou a irritação apareçam em sua área.

Comunique seus obstáculos apenas aos corações amigos que se mostrem capazes de auxiliar em seu beneficio com discrição e bondade.

Diante dos próprios conflitos, não tente beber ou dopar-se, buscando fugir da própria mente, porque de toda ausência indébita você voltará aos estragos ou necessidades que haja criado no mundo íntimo, a fim de saná-los.

Lembre-se de que você é um espírito eterno e se você dispõe da paz na consciência estará sempre inatingível a qualquer injúria ou perturbação.

(Do livro "Coragem", pelo Espírito André Luiz, Francisco Cândido Xavier)

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Paz por Dentro

Aceita a fatalidade do progresso.

Trabalha e segue adiante.

Medita na necessidade dos outros.

Procura colocar-te no lugar do próximo, exercitando compreensão.

Não guarde ressentimentos.

Auxilia para o bem geral quanto se te faça possível.

Atende às próprias obrigações.

Não tentes felicidade fora da consciência tranquila.

Observa que não estás sem motivo em teu grupo familiar.

Honra os encargos que abraçaste.

Ama sem o cativeiro das afeições possessivas.

Agradece o carinho que recebes sem exigi-lo.

Estuda e melhora-te para ser mais útil.

Não intentes transformar a ninguém pela força.

Ampara sem reclamar retribuição.

Atravessa as dificuldades com paciência.

Não zombes dos sentimentos alheios.

Não peças para que outrem caminhe com teus passos.

Habitua-te à simplicidade e à disciplina.

Suporta com calma aquilo que não possas modificar.

Usa o descanso apenas como pausa para mais trabalho.

Não te queixes.

Não percas tempo com atividades inúteis.

Conserva, quanto possível, os contatos com a natureza.

Abençoa todos os companheiros, sem lamentar os que se afastem de ti.

Não te voltes para trás.

Evita o pessimismo.

Recorda sempre que a esperança é uma luz eterna.

Não te envaideças com vantagens que são empréstimos de Deus.

Considera por vitória o desempenho dos próprios compromissos.

Cultiva equilíbrio e serenidade.

Foge a qualquer forma de violência.

Aceita a realidade de que possuis unicamente aquilo que constróis por amor.

Entrega-te a Deus, na oração, cada dia.

Desse modo, terás contigo a paz por dentro e assim pacificarás.



Emmanuel
(Do livro “Buscas e Acharás”, FCXavier, edição IDEAL)